Os anos de 2020 e 2021 serão relembrados futuramente como um marco (triste) na história mundial. Vidas perdidas; negócios fechados; aumento vertiginoso do desemprego, que impacta no crescimento da população de rua; atendimentos eletivos suspensos (de acordo com o Conselho Federal de Medicina, 27 milhões de exames, cirurgias e outros deixaram de ser realizados durante a pandemia); desigualdade no ensino; eclosão de doenças emocionais, como depressão, ansiedade e síndromes são algumas das sequelas causadas pela pandemia e que a sociedade sentirá por mais alguns anos ou décadas.
Apesar do pico de contaminação após as festas de fim de ano, como vemos agora no Espírito Santo e em outros estados e países, graças a vacinação, que tem contribuído para a redução dos casos graves da doença, internação e mortes causadas pela covid-19, o mundo volta, aos poucos e de forma cautelar, ao que era antes da pandemia: médicos atendendo as consultas eletivas, aulas, encontros e trabalho presenciais e a abertura do setor de comércios e serviços, formado em grande parte por micro e pequenos empreendedores.
Mesmo com todos os desafios impostos pela pandemia, muitos brasileiros, com sua vocação para empreender, capacidade criativa ou mesmo pela necessidade de se manterem, foram atrás, driblaram as dificuldades e abriram seus próprios negócios.
De acordo com o Ministério da Economia, o país registrou um saldo positivo de 2,3 milhões de empresas abertas no primeiro ano da pandemia, sendo os setores de serviços e comércio os que tiveram mais empresas abertas.
Do total de novos negócios, a maior parte foi criada por mulheres, especialmente as mais jovens. Segundo dados do Global Entrepreneurship Monitor, elas respondem por mais de 48,7% do mercado empreendedor, e de acordo com os dados da Rede Mulher Empreendedora, só em 2020 a presença feminina no empreendedorismo registrou um crescimento de 40%.
Se por um lado são elas as que mais empreendem por outro encontram muitos desafios apesar de desempenharem um papel extremamente importante, uma vez que contribuem para fazer girar a economia e transformar a realidade em seu entorno.
Diante do crescimento do empreendedorismo entre as mulheres durante a pandemia, contrariando as estimativas do mercado, é notório o potencial dos empreendedores para o crescimento da economia. Recentemente apresentei o Projeto de Lei (PL) para que fosse instituído no calendário de Vitória a Semana Municipal do Empreendedorismo Feminino, para que o assunto possa ser discutido e ações sejam realizadas para incentivar as mulheres a empreender, alcançar seus objetivos e sua independência.
Para além disso, acredito ser fundamental que os órgãos competentes busquem formas de incentivar as micro e pequenas empreendedoras, como a oferta de programas de créditos voltadas para elas, capacitações, entre outros. Muito tem a ser feito e eu, como um parlamentar e admirador dos pequenos comerciantes, empreendedores e empresários, sigo atento às suas demandas para que o setor público seja uma força propulsora para os empreendedores capixabas.
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Dalto Neves (PDT) é vereador em Vitória.
Data de Publicação: segunda-feira, 17 de janeiro de 2022
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